domingo, 17 de julho de 2011

A queda dos titãs - Brasil e Argentina.


E deu zebra. Mas nem sei se é justo dizer isso, porquê além de parecer prepotência, parece também falta de respeito para com as seleções que merecidamente venceram abateram as então favoritas, Brasil e Argentina. Temos que nos atentar que as coisas mudaram, e muito. Devemos parar de esperar da atual seleção brasileira o que já tivemos um dia, nas épocas de Pelé e Maradona, porque estas épocas, os jogadores de futebol eram tão simplesmente jogadores de futebol e não meros vendedores de shampoos, produtos alimentícios, dentre outros. Naquela velha e boa época, valia-se apena assistir aos jogos porque estes jogavam tão somente por amor à camisa, por amor a sua nação, que por sua vez, ficavam em seus países na torcida, mas que se faziam presentes nos campos com eles. Nas décadas de 60, 70 e 80 era uma honra ser convocados e representar o país. Hoje, só de vestirem as camisas, ganham infinitamente mais e por estas e outras, não se dão o trabalho nem de batalhar para nos trazer as taças. Hoje para eles, honra é serem comprados por times europeus, esquecendo-se que as vezes sofrem todo tipo de discriminação, a distância da família e dos amigos com quem cresceram e desenvolveram seu futebol. O que eu sempre digo e insistirei em dizer é que falta, sim, amor à camisa, porque amor ao dinheiro não lhes faltam, haja visto que ganham muito, jogando ou não, bastando gravarem uma simples propaganda. Do jeito em que nos encontramos, acho que vale apena convocar os vovôs da seleção tipo Pelé, Zico, Junior, Falcão, dentre outros que deixaram seus nomes marcados na história, e que não ganharam as boladas que os de hoje ganham. Se vacilar, eles darão um banho na galerinha de hoje. Por estes motivos as outras seleções antes consideradas não favoritas, venceram com mérito e louvor, e suas torcidas devem sim, se orgulharem de terem derrotado os então favoritos Brasil e Argentina. Só espero que na Copa de 2014, não soframos com total desdém, porque por pior que eles sejam, a nação sempre tem fé que a seleção dará um espetáculo e sempre se entrega de corpo e alma. E vale ressaltar que a nação pára literalmente falando para assistir cada partida, e espero que eles façam por merecer total devoção. Além de torcermos para seleção, deveremos torcer também para que a seleção não nos dê motivos para trocarmos o nome de Seleção Canarinho para Seleção Zebrinha.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O que está por trás do asilo político concedido a Cesare Battisti pelo governo brasileiro?


Cesare Battisti, italiano de 54 anos, foi militante do grupo Proletariado Armado pelo Comunismo pelos crimes de terrorismo e homicídio foi condenado a prisão perpétua, em um julgamento que diz-se que foi à revelia (sem a presença do mesmo). A princípio o governo brasileiro foi felicitado por sua atuação ao prendê-lo. No entanto, tamanha admiração transformou-se em decepção, quando o Ministro da justiça brasileira Tarso Genro, com apoio do presidente Lula e outros parlamentares de lideranças da sociedade civil e Secretaria de Direitos Humanos (PT, PSOL, PV, PcdoB) concedeu a Battiste, refúgio político, alegando tratar-se de uma injustiça feita a Cesare por um julgamento em sua ausência e sem provas concretas.
Segundo a Constituição e Legislação ordinária brasileira em convenção da ONU de 1951 sobre os refugiados, o Brasil tem autonomia para ceder asilo político, fazendo uso de alegações como perceguição política, religiosa e racial. No caso de Cesare Battiste, este alega não ter participado dos crimes de homicídios de quatro pessoas, sendo estas: Antônio Santoro, agente penitenciário (78); Pierluigi Torregiane (79); Lino Sabadin, açougueiro (79); e Andrea Campagna, agente policial (79). Todos estes crimes foram atribuídos a Cesare por um ex-militante do PAC (Proletariado Armado pelo Comunismo), Pietro Mutti, que optou pela delação premiada (benefícios concedidos em troca de entregar seus companheiros). E desde então, Cesare foi asilar-se na França, que também, em troca de benefícios comerciais, o entregaria ao governo italiano, o que o levou a esconder-se aqui no Brasil, e onde ficou escondido até o dia 18 de março de 2008.
A decisão de ceder asilo político a Cesare está causando grandes transtornos ao governo italiano que entende tal atitude como ofensa e desrespeito às famílias das vítimas dos assassinados pelo PAC, assim como desrespeito à nação que o julgou e condenou. Segundo o presidente da Itália, Gorgio Napolitano, e seu Ministro da Defesa italiana, Ignacio La Russa, a relação entre Brasil e Itália não será mais a mesma e que tal decisão não terá grandes conseqüências libertando um homicida como Battisti. Aproveitando a exibição do filme “Natale a Rio” (comédia ambientada no Rio de Janeiro), La Russa desabafou: "Saibam, os que vão ao cinema hoje ver 'Natale a Rio', que no Brasil poderão encontrar nas praias um terrorista assassino passeando livre por vontade das autoridades brasileiras".
Eis uma situação delicada, no qual o Brasil está se envolvendo e que está trazendo opiniões diversas. De um lado há quem apóie o presidente Lula refugiando um ex-membro do partido do proletariados, julgado indecentemente; do outro, há quem o critique, dizendo ser imoral o presidente de uma nação impedir outra de julgar alguém que causou dano a seu país.
Eu me pergunto: por que o presidente Lula e seus parlamentares envolvidos em Direitos Humanos dispõem seu apoio a um homem, cujo o histórico, há inúmeras prisões por delitos (assaltos, roubos, dente outros), este, fazendo parte de um grupo armado (o que me leva a crer que este membro poderia, sim, atuar armado, disposto a matar e morrer por suas convicções políticas), deixando uma criança paraplégica? Onde estão, estes mesmos membros do Direitos Humanos que não aparecem para apoiar mães, pais, filhos que perderam seus ente-queridos nas guerras civis brasileiras realizadas diariamente entre policiais e traficantes? Onde estão os líderes dos Direitos Humanos que não vêem brigar pelo direito instituídos, somente na Constituição de crianças e jovens, os deixando à sua própria sorte? Por quê não permitir uma nação de julgar, condenar e defender os seus, pelos seus atos, sofrendo suas conseqüências, sob suas leis? Será que porque aqui não há lei, visto ser uma lei arcaica e que não comporta aos crimes hediondos praticados a toda nata desta sociedade mascara e vaidosa? Lei essa, onde a pena máxima é de 30 anos, mas que utilizando as brechas que a própria “lei” impunha, os criminosos não permanecem nem 15 anos, e que nas penitenciárias, não os tornam criminosos penitentes de seus crimes, e sim, os transformam e os educam a serem monstros em uma sociedades refém do medo. Ou talvez seja porque o PAC (Proletariados Armados pelo Comunismo) seja uma ramificação do partido do presidente Lula (PT), e outros partidos como PSOL, PV, PcdoB? Está justiça que o presidente alega está fazendo a Cesare seria ao indivíduo Cesare Battisti ou a um histórico político semelhante ao seu? Vale apena destruir a relação constituída com a Itália, um país europeu, que até agora só apoiou o Brasil em troca de uma paixão de ideais que o próprio presidente não pode arcar enquanto Presidente da República?

Qual è l'interesse del governo brasiliano nel concedere asilo politico a Cesare Battisti?



Cesare Battisti, italiano di 54 anni, è stato un militante del PAC (Proletari Armati per il Comunismo). E’ stato condannato in contumacia (ovvero senza la presenza dello stesso) all'ergastolo per i reati di terrorismo e omicidio. In un primo momento il governo brasiliano ha ricevuto un plauso per averlo arrestato. Tuttavia tale ammirazione si è tramutata in delusione quando il Ministro della Giustizia brasiliano, Tarso Genro, con il sostegno del presidente Lula e degli altri leader parlamentari della società civile e della Segreteria dei Diritti Umani (PT, PSOL, PV, PcdoB), ha concesso a Battisti l’asilo politico, sostenendo che si è trattata di una ingiustizia fatta a Cesare in un processo senza la sua presenza e senza prove concrete.
Secondo la Costituzione e la legislazione ordinaria in Brasile nella Convenzione del 1951 delle Nazioni Unite sui rifugiati, il Brasile ha l'autonomia concedere asilo politico facendo uso di motivazioni politiche, religiose e razziali. Nel caso di Cesare Battisti, egli sostiene di non aver partecipato ai crimini di omicidio di quattro persone, tra questi: Antonio Santoro, maresciallo della polizia penitenziaria (‘78), Pierluigi Torregiani, gioielliere (‘79), Lino Sabaddin, macellaio (‘79), e Andrea Campagna, agente della DIGOS (‘79). Tutti questi crimini sono stati attribuiti a Cesare da un ex militante del PAC, Pietro Mutti, che avrebbe accusato il compagno per garantirsi gli sconti di pena concessi dalla legge speciale antiterrorismo italiana. E da allora, Cesare fuggì in Francia dove, in cambio di vantaggi commerciali, lo avrebbe consegnato al governo italiano, il che lo portò a fuggire in Brasile, dove si è nascosto fino al 18 marzo 2008.
La decisione di dare asilo politico a Cesare sta causando tensioni diplomatiche con il governo italiano che ritiene un tale atteggiamento un insulto e una mancanza di rispetto sia nei confronti delle famiglie delle vittime uccise dal PAC, sia alla nazione che lo ha processato e condannato. Secondo il Presidente della Repubblica Italiana Giorgio Napolitano e il ministro italiano della Difesa, Ignazio La Russa, il rapporto tra Brasile e Italia non sarà più lo stesso e che la decisione di liberare un assassino come Battisti avrà conseguenze pesanti. Approfittando del film "Natale a Rio" (commedia ambientata a Rio de Janeiro), La Russa ha sbottato: "Sappiano, coloro che andranno oggi al cinema a vedere ‘Natale a Rio’, che in Brasile potranno incontrare sulle spiagge un terrorista assassino a piede libero per volontà delle autorità brasiliane".
Ecco quindi una situazione delicata in cui il Brasile è coinvolto e che sta generando opinioni contrastanti. Da una parte ci sono coloro che sostengono il presidente Lula nell’accogliere un ex-membro di un partito proletario, giudicato ingiustamente; dall'altra ci sono persone che lo criticano, affermando che è immorale per il presidente di una nazione impedire a un’altra di giudicare qualcuno che ha causato danni al proprio Paese.
Mi chiedo: perché il Presidente Lula mette a disposizione il suo sostegno e i suoi parlamentari coinvolgendoli nei diritti umani di un uomo nella cui storia ci sono numerosi arresti per reati violenti (rapina, furto e altro ancora), che fa parte di un gruppo armato (il che mi porta a credere che quest’uomo potrebbe agire armato pronto a uccidere e a farsi uccidere per le proprie convinzioni politiche) e che ha reso un bambino paraplegico? Dove sono questi stessi membri dei Diritti Umani che non si mostrano per dare sostegno a madri, padri e figli che hanno perso i loro cari nelle guerra civile brasiliana condotta quotidianamente tra polizia e trafficanti di droga? Dove sono quei leader dei Diritti Umani che non vengono a lottare per i diritti, presenti solo nella Costituzione, di giovani e bambini lasciandoli al proprio destino? Perché non permettere ad una nazione di difendere, giudicare e condannare i propri criminali, i loro atti, accettando le loro conseguenze, secondo le proprie leggi? È perché qui non esiste una legge che consenta, perché molto antica, di punire gli atroci crimini commessi da questa perbenista e frivola? Legge per la quale la pena massima è di 30 anni, ma usando le scappatoie che la stessa legge consente, i criminali non restano nemmeno 15 anni. In più la prigione non li rende pentiti per i loro crimini, ma sì li trasforma e li educa ad essere dei mostri in una società ostaggio della paura. O forse perché il PAC è una ramificazione del partito del presidente Lula (PT) e di altri partiti come PSOL, PV e PcdoB? Questa giustizia che il presidente afferma di fare a Cesare sarebbe nei confronti dell'individuo Cesare Battisti o a una storia politica ben simile al suo? Vale la pena distruggere il rapporto instaurato con l'Italia, un Paese europeo, che fino ad ora supportata solo in Brasile, in cambio di una passione per alcuni ideali politici che il presidente non potrebbe permettersi come Presidente della Repubblica?

Texto de Elisângela Lopes e Roberto Breccia.